quinta-feira, 10 de julho de 2014

Tempo

Já se foi a aurora, querida!
Já se foi o vento e com ele as rosas.
Já derramou o vinho na borda do linho.
Já se perderam as perguntas em devaneios tardios.
Já se foram os poetas.
Já se foram as dores de corações partidos.
O tempo... nele reside a grande resposta que encontramos ao final de tudo.
No infinito, tudo se torna horizontal.

Ivna Alba

2 comentários:

Raul Drewnick disse...



Raul Drewnick disse...

Lindo poema, Ivna. O último verso, então, é um magnífico resumo da vida. Construímos tudo com o tempo e o nosso esforço. Erguemos coisas, nos admiramos com elas. Todas, no fim, pertencem à terra, que as reclama e as horizontaliza.