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Mostrando postagens de abril, 2012

Biancha - Dos sonhos e amores (im)possíveis

             Éramos uma grande parte do mundo e não sabíamos. Ainda lembro-me daquele primeiro toque rasgando a pele, mas não percebi a profundidade da ação, execução e finalização do intrínseco cheiro de humanidade que havia em mim e em meus antepassados.                 Cheiro de pele!                 Maria dosou-me os brados, esfacelou minha carne e meus ossos tecendo-os novamente parte a parte, recriando em mim um novo conceito. Por um lado, vez e em teses, Maria deu-me o sopro, a vida, rearranjando-me em usos e desusos.                 Aquela senhora de olhos azuis recriou-me para seu marido que voltaria da guerra: pura ilusão para uns, uma verdade tangível para ela. Antonio não voltaria, mas o cuidado e o amor que pu...