Ensaio do ato de negar-se
Quando, exatamente, começamos a negar nossa essência pelas pessoas, coisas e pela própria exigência das nossas existências? Quando? É difícil descobrirmos isso e quando nos damos conta, o nosso devir já está embalsamado naquela lacuna mais profunda das nossas memórias. E quanta infelicidade isso traz... A pergunta básica, "Quem sou eu?", que muitas vezes não encontra resposta, também não a obtem, pois já não encontra a essência perdida pelo mesmo ato de negar-se. As vezes, mais vale uma liberdade sozinha, que outra conjunta. Acredito, que ao sentir essa vontade de potência que ressurge em nosso âmago, essa vontade de sentir-se livre das negações a nós mesmo, é a hora de partir. É a hora de dizer adeus, sem desculpas, nem remorsos e corações repletos de esperanças saudáveis. Por que vale a pena ser feliz consigo mesmo e nunca negar sua essência e suas opiniões! Tom Jobim cantou: amor em paz. E desejo a solidão em paz! Ivna Alba