A nostalgia do final de ano
Chegamos, novamente, em dezembro.
Para mim, o melhor mês do ano e por um motivo apenas: a época da renovação das ideias e de si. Cada vez que o insuperável mês derradeiro invade a folhinha do calendário, tento sentir o "cheirinho de natal", de que minhas irmãs tanto falavam, quando éramos pequenas.
Eu lembro de tantas coisas de dezembro: do Natal, quando meu avô era vivo, dos inúmeros presentes, da árvore que minha mãe armava no canto da sala - abaixo do relógio de pêndulo, que eu tanto amo - da emoção (quando cria em Papai Noel) de esperar chegar a manhã do dia 25, e abrir os presentes que o bom velhinho me deixara.
Contudo, não vou mentir que o revéillon só veio ter um sentido mais forte em meus dias, depois que deixei de passá-lo ao lado da minha família. Para mim, os 10 últimos segundos são os mais fortes da vida, é onde tudo acaba e começará, se se começar. Entretanto, é o instante final de tudo que passou, de tudo que morreu, de tudo que se foi, que aconteceu bem ou mal, mas houve. Como podemos ser tão encantados e desencantar o universo de modo tão subliminar?
Apesar de triste, o 12, para mim possui inúmeros significados, tão abrangentes, que prefiro não citá-los no momento, porque além de um instante em que toda a alma me dói, reflito que envelhecerei mais um ano. E se por um acaso nos próximos 365 dias eu não fizer valer a minha vida, de que me adiantarão mais milhões de segundos?
Nesse dezembro eu espero respostas, terei que tomar decisões, precisarei seguir adiante com coisas que, talvez, nem tenha mais forças, e por isso mesmo terei que tê-las.
E sabe? Uma coisa eu adorei neste ano de 2009: foi saber onde cometi erros e, além de admiti-los, ter a consciência de que realmente aprendi com aqueles.
Anteriormente, eu os conhecia, mas sabia que podia passar sem sentir.
E ratifico: como é bom essa nova sensação!
Ivna Alba
Comentários
Ah, e aqui eu gosto mais ainda porque é INVERNO! :D