A nostalgia do final de ano
Chegamos, novamente, em dezembro. Para mim, o melhor mês do ano e por um motivo apenas: a época da renovação das ideias e de si. Cada vez que o insuperável mês derradeiro invade a folhinha do calendário, tento sentir o "cheirinho de natal", de que minhas irmãs tanto falavam, quando éramos pequenas. Eu lembro de tantas coisas de dezembro: do Natal, quando meu avô era vivo, dos inúmeros presentes, da árvore que minha mãe armava no canto da sala - abaixo do relógio de pêndulo, que eu tanto amo - da emoção (quando cria em Papai Noel) de esperar chegar a manhã do dia 25, e abrir os presentes que o bom velhinho me deixara. Contudo, não vou mentir que o revéillon só veio ter um sentido mais forte em meus dias, depois que deixei de passá-lo ao lado da minha família. Para mim, os 10 últimos segundos são os mais fortes da vida, é onde tudo acaba e começará, se se começar. Entretanto, é o instante final de tudo que passou, de tudo que morreu, de tudo que se foi, que aconteceu bem ou mal...