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Mostrando postagens de outubro, 2015

O sonho

Aquela criança que se ouve chorar na calada da madrugada, E nos pomos a zelá-la com o maior sono, Sempre esperando o profundo azul do mar. Ivna Alba

Rostos

Em dupla, em trio, aos montes. Solitário, sozinho, somente só. Aos bolos, um bando, trinta e cinco mil. Aos poucos - quem sabe? - paulatinamente. Surgem, ressurgem, emergem, se desnudam. Passam, repassam, operam, desesperam-se. Massacram, agridem, transtornam-se, alegram-se. Choram, mudos, atentos, velados. Correm, mordem, bebem, desregram. Falam, assopram, chupam, sonham. Aceleram, desaceleram e por fim... Morrem na mais breve poeira que trouxe você. Ivna Alba

O ancião e a vida

Havia mais que um coração estilhaçado, por entre as cortinas que voavam lúdicas na primavera de seus olhos. Existia um fruto doce e sutil, tenro e denso. Ali se aprofundavam a dança e o fortuito encontro da esperança com o renascimento. E nada era mais bonito que a vida circundando os segundos, os minutos, as horas e o tempo. Ivna Alba

Às Borboletas Negras

Dizem que jorram de todas as veias e poças de lama, Dizem que se esgotam no lodo e ressurgem na cama Dizem que contam, que berram, que falam e alguns até sussurram... Dizem, apenas dizem, não sonham... Dizem que um dia houve uma ideia chamada de Liberdade!