Josualdo. Mas, pode chamar de Jó. Carregando no peito as condecorações de uma noite violenta de cachaça, no dorso as pétalas de uma cerca de arame, Jó se levanta às quatro e meia da manhã e tomando um amargo café, dá uma estilingada de um cuspe rançoso e longínquo, daqueles extensos. Era a bile encharcada de desilusões. Seguindo cambaleando pelo único quarto, apanha a camiseta desbotada - a mesma do ano passado - e parte rumo ao seu destino bestial. Já parte o céu o sol do meio-dia. Entre ruelas e gigantes de mármore, concreto e vidro, o animalzinho percorre seu mundo farejando papel, lata, garrafas e vez em quando encontra neste mundo onde comer e beber por um tostão. Jó se acha vital para o mundo de um mar gigante, o oceano apenas lhe regurgitaria, não fossem tantas marés para se preocupar. - Mais um aqui, chefia. - Esse não é dessa leva. Que tá fazendo aqui? Identificação? - Não sabemos ainda... Vou mandar o Baiúca averiguar. Oh, Baiúca, chega aqui! - Não, Mendonça, deixa qu...