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Mostrando postagens de novembro, 2013

Da impotência

Da mais alta torre de saúde, vislumbro a decadência obscena pela qual passa minha mãe. Se a Aids foi a doença da década de 80/90, certamente o câncer é desta e das próximas. Alimentação? Estresse? Poluição? Cigarro? Bebida? A única coisa que da qual aquela mulher é culpada é de ter se preocupado com a família e ter feito de tudo para vê-la bem, feliz e unida. Bem, nada disso aconteceu. Fato! O mísero grão de uma poeira fina e desbotada foi o que o amor da minha vida se tornou, perto da grandeza que resplandecia em gargalhadas, mandos e desmandos. Perto de completar os seus 40, certa vez me disse: - Quando eu fizer 40 anos é para me chamar de "senhora". O exemplo, vinha a seguir: "Ivna!" "Senhora..." Eu tinha apenas quatro anos e fiquei sendo dela e ela minha até os cinco. Idade terrível, se não fosse todo o conhecimento que adquiri na escola. Sempre gostei de estudar, mas nunca de ir àquele colégio terrível de freiras, cheio de meninas ardilosas e...