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Mostrando postagens de agosto, 2010

Chora pião

Todas as coisas se desfizeram em um desalinhar de fatos. Não me pergunte como elas deveriam ser. A dúvida de como elas deveriam se entrelaçar me ensurdece os pensamentos e tudo termina se desdobrando em um tom pálido e a boca de cor pastel se emudece. Sobraram-me os restos dos fragmentos das cartas. Centelhas, gotejar, armadilhas, redomas, concreto. Anestesia, tormento, angústia, sangrento. Conversas, palidez, tortura e ungüento. Tudo está profundamente emaranhado neste confuso jogo de disputas e atropelos... A melhor arma contra o desafeto, ainda é a indiferença! Ivna Alba

Esconde-esconde

- Quase não me esqueça... - Provavelmente, isso vai acontecer. - Mas, te esforça um pouco ao quase. - Hei de ver teu pranto. Mesmo que pouco e tão logo se muito, quero vê-lo! - Esse teu sadismo doentio nunca envelhece? - Nunca definhará a teus pés, maldita! A aurora dobrou-se em mil centelhas de luz, quando partiu, e do seu pranto que desenhava serpentinas transparentes, ele nada viu. Seu lenço sentiu as fagulhas de um incêndio que deixava de coexistir entre ambos. Ivna Alba